Marina Abramovic: A Artista Está Presente

 

O filme da Marina foi realizado em um dos formatos que eu mais gosto: um documentário que parece ter sido feito sem roteiro, apenas explorando as interações, ações e reações do personagem principal, sendo nesse caso, a Marina. O título traz uma reflexão importante pra mim, já que muitas vezes desvencilhamos o autor da obra e, nesse caso, é bom lembrar que A Artista Está Presente. O trabalho retratou bem a ideia de interação, quase como uma coisa mental e relacionada à conexão. O  público olhava para ela, mas não tocar. Mesmo assim, em completo silêncio, quase como se chegassem a uma sintonia, eles reagiam a essa interação. Pra mim, essa foi uma forma muito interessante de se fazer uma reconcepção do que se entende por interferência humana na construção artística. Apesar de super interessante, o que mais me marcou foi realmente as partes que focavam na Marina como pessoa em primeiro plano, como a parte em que ela disse de forma muito marcante sobre a sua relação (ou a falta dela) com sua mãe. É uma obra muito sensível e, por isso, eu a recomendaria para outras pessoas.